Meu tordilho Destino

(Rasguido)

Sapecada da Canção Nativa

Meu Tordilho Destino

 

Tem uma ponta de lança na testa do meu tordilho

que não clareou o  escuro do seu pelo de potrilho.

E por batismo “Destino”,tem pouco tempo de freio

um rancho erguido dos cascos e o lombo pra dois arreio.

 

Um olhar de açude grande sem remansos pelo vento,

que na sombra do topete resguarda seu sentimento.

Sustenta a estância no laço na lida com a gadaria,

tranco manso pra um poeta ir rabiscando a poesia.

 

“Tempo” era o nome do pingo, costeava no corredor,

pai da manada tordilha da “templa” de algum rigor.

Desses que até a encilha guarda saudades do trote

no olhar da minha “Esperança” firmei a trança da sorte.

 

Por diante a zaina “Esperança”, era sinuelo dos potros,

dos que acolhero na vida sempre domando pros outros.

Depois da cincha apertada e de enganchar a barbela,

Eu tinha égua pra o mundo quando varasse a cancela.

 

No arame um fio da crina, que restou da primavera,

do romance um tordilho depois das luas de espera.

Hoje de cima do arreio, um recuerdo na mirada,

onde a Esperança no Tempo, fez meu Destino na estrada.

 

 

 

 

 

AUTOR(ES) DA LETRA:

Marcelo Mendes
Alegrete, RS
Lucas Gross
Bagé, RS

AUTOR(ES) DA MÚSICA:

Mauro Silva
São Gabriel, RS
Lucas Gross
Bagé, RS

FICHA DE PALCO


Gabriel Jardim - Violão e Interpretação

Adriano Silva Alves - Recitado

Daner Marinho - Violão e Interpretação

Lucas Gross - Guitarron e Interpretação

Mauro Silva - Cordeona e Interpretação

Odair Teixeira - Violão e vocal

Aparício Maidana - Contrabaixo