BASTO DO AVÔ TROPEIRO

(MILONGA)

Sapecada da Serra Catarinensa

BASTO DO AVÔ TROPEIRO

 

Ferramenta do campeiro
Envelheci com os dias
Fui morada de um tropeiro
Que fez da vida - forquilha!

Com o aperto da cincha
Ritual de cada manhã
me acomodei no lombo
Junto ao baixeiro de lã

Por cima um peleguito
De um chibarro crioulo
Eu cortei tantas distâncias
Ouvindo tanto consolo...

Junto com o passo da tropa
Compus "minha" melodia
Entre os "baterem" de casco
O Meu rangido assovia.

E que tamanha importância
Compondo essa união
Entre o tropeiro e o cavalo
Fui como aperto de mão!

Eu que não tenho luxo
Que nunca fui chapeado
Não carrego prata fina
Nem por isso, me desfaço

"Sou feito do ato singelo
Obra de algum seleiro
Tenho a cabeça coberta
Do couro de um boi franqueiro
Hoje mereço descanso
No prego junto a soiteira
Com marcas de tantos lombos
Onde escorei as basteiras"

Eu que carrego orgulho
De nunca pisar um pingo
Ressono ao olhar dos netos
Do meu tropeiro - amigo
Que ja cumpriu sua missão
Partindo pro campo vasto
Por certo lá, anda em pêlo
Sentindo falta do basto!

AUTOR(ES) DA LETRA:

Dudi Marafigo
Lages, SC
Eduardo Andrade Schmidt
Lages, SC

AUTOR(ES) DA MÚSICA:

Ricardo Oliveira
Lages, SC

FICHA DE PALCO


Ricardo Oliveira - Intérprete e Guitarrón

Eduardo Andrade Schmidt - Autor da Letra

Dudi Marafigo - Violão e Autor da Letra

Marlus Pereira - Violão e Vocal

Riccieri Luís - Violoncello

Adilson Oliveira - Contrabaixo

Israel Dutra - Violino

Gabriel Maculan - Acordeon