'De Quem Planta e Colhe'
'Enxada, suor, Arado e cansaço
Foice, Machado e força no braço,
Terra virada, Chuva e mormaço
Geada, estiagem, mais força no braço'
São nativas figuras de andar tranqueado
Sombreiros judiados pela chuva e sol
Com vestes puídas, por vezes remendadas
No cabo da enxada da aurora ao arrebol
São homens de campo distinto labor
Que guardam fervor pela dura lida
E dia após dia semeando progresso
São o divisor de miséria e fartura
São sempre os primeiros a bater tições
E pelos galpões em mates madrugueiros
Refazem os planos de incansável luta
Para nova labuta no seu viver roceiro
Para esses homens criados sem luxo
Não menos gaúchos numa eterna guerra
Que travam batalhas de custoso trabalho
Dando os seus talhos pra virar a terra
Para esses homens criados sem luxo
Não menos gaúchos numa eterna guerra
Que travam batalhas de custoso trabalho
Dando os seus talhos pra virar a terra
São eles os herdeiros de bendito legado
E no cabo do arado demarcam sua trilha
Por que o trabalho engrandece o homem
Para honrar o nome, maior bem de família
Talvez virá um tempo em que este campeiro
Que pelos janeiros sofre e não se encolhe
Mostrando que o sul de gado e cavalo
Se sustenta nos calos de quem planta e colhe
sao sempre os primeiros a bater tições
e pelos galpões em mates madrugueiros
refazem os planos de incansável luta
para nova labuta no seu viver roseiro
Para esses homens criados sem luxo
Não menos gaúchos numa eterna guerra
Que travam batalhas de custoso trabalho
Dando os seus talhos pra virar a terra
Para esses homens criados sem luxo
Não menos gaúchos numa eterna guerra
Que travam batalhas de custoso trabalho
Dando os seus talhos pra virar a terra