Num mormaço de verão
Por feitio da precisão
Que te fez de novo vivo
Corpo em couro, barrigueira
Sem ter vincha, nem carneira
Sendo assim tão primitivo
Copa alta e aba tapeada
A flor do couro molhada
Pra se moldar na tronqueira
E então servir de protetor
De sol, vento e rigor,
Couro de encontro a madeira
Também teve outro feitio
Do teu corpo feito em pelo
Depois moldado com zelo
Diferente, mas o mesmo
Pra seguir andando a esmo
Junto as curvas do cabelo
Teve então carneira e vincha
E incontáveis barbicachos
Para n'algum cerro abaixo
Vir bem atado a garganta
Dentro da copa, a Santa
E por fora dois penachos
Sempre está junto sombreiro
Testemunha de um campeiro
Pra aquilo que ninguém viu,
Nas tardes de campereada
Ou naquela beira estrada
Quando a moça lhe sorriu